Seja bem-vindo
Rio Grande,30/04/2025

  • A +
  • A -
Publicidade

Lênin Landgraf

A Batalha Naval do Riachuelo

Representação da batalha. Obra de Victor Meirelles. Séc. XIX.
A Batalha Naval do Riachuelo

Prof. Me. Lênin Landgraf

Mestre em História 

leninplandgraf@hotmail.com 


A Batalha Naval do Riachuelo


A Batalha Naval do Riachuelo, ou simplesmente Batalha do Riachuelo, ocorreu em 11 de junho de 1865, às margens do arroio Riachuelo, na província de Corrientes, Argentina. O contexto do confronto está presente na Guerra da Tríplice Aliança, que reuniu as forças armadas do Brasil, Argentina e Uruguai contra as forças do Paraguai. 

Coube ao Almirante Joaquim Marques Lisboa, Visconde de Tamandaré, depois Marquês de Tamandaré, o comando das Forças Navais do Brasil em operações de guerra contra o governo paraguaio. A Marinha do Brasil representou naquele período praticamente a totalidade do poder naval presente nas operações. Com o avanço da guerra, Tamandaré designou como seu Chefe do Estado-Maior o Chefe de Divisão Francisco Manuel Barroso da Silva, para comandar a força naval paraguaia que encontrava-se rio acima. Barroso partiu de Montevidéu em 28 de abril de 1865, na Fragata Amazonas, e se juntou à força naval em Bela Vista. 

Os paraguaios avançavam pela margem esquerda do Rio Paraná e pretendiam um ataque surpresa contra as tropas brasileiras. Os conflitos tiveram início na manhã do dia 11, com certa superioridade dos paraguaios, que foram perseguidos até a foz do Riachuelo, palco dos principais confrontos. Após doze horas seguidas de confronto, com incidência de retiradas estratégicas, as tropas navais brasileiras obtiveram êxito, vencendo os paraguaios e garantindo de vez o bloqueio naval contra o Paraguai. Houve, inclusive, a adoção da tática de “jogar” os navios brasileiros contra as embarcações paraguaias, que eram menores.

O bloqueio visava o sufocamento do país adversário com a falta de produtos básicos. Ainda, a vitória brasileira no confronto ajudou a evitar o possível domínio paraguaio no sul do Brasil. Tamanha foi a importância estratégica de Corrientes que as tropas brasileiras ali montaram seu principal centro de operações. 

Rio Grande está diretamente ligada a batalha, uma vez que Marcílio Dias, aqui nascido, é considerado outro grande herói do confronto. Marcílio já foi tema de artigo anterior aqui na coluna, mas resumidamente o marinheiro, após ser ferido defendendo heroicamente sua embarcação, acabou morrendo. 

Outro fato marcante para a batalha, que inclusive é tema de panfleto alusivo produzido pela Academia Almirante Marquês de Tamandaré – AMATAMA, foram as instruções dadas por Barroso. Através de sinalização por bandeiras ele lembrava aos demais navios que “O Brasil espera que cada um cumpra o seu dever” e “Sustentar o fogo, que a vitória é nossa”. 



COMENTÁRIOS

LEIA TAMBÉM

Buscar

Alterar Local

Anuncie Aqui

Escolha abaixo onde deseja anunciar.

Efetue o Login

Recuperar Senha

Baixe o Nosso Aplicativo!

Tenha todas as novidades na palma da sua mão.