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Rio Grande,27/04/2025

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Ique de la Rocha

Ainda a estrada de Santa Izabel

Mais uma de nossas prioridades históricas, hoje simplesmente deixada de lado.


Ainda a estrada de Santa Izabel

Ique de la Rocha


Ainda a estrada de Santa Izabel

Mais uma de nossas prioridades históricas, hoje simplesmente deixada de lado.  


Na coluna anterior comentamos o perigo de um dia a cidade do Rio Grande ficar isolada do restante do Estado por ter apenas uma rodovia como saída, que é a BR-392 para Pelotas. Está certo que este é um problema geográfico, mas existem medidas que podem ser tomadas para não dependermos apenas dessa rodovia. Uma delas é a estrada de Santa Izabel, que nos liga à localidade que leva esse nome, à beira do canal São Gonçalo, no município de Arroio Grande. Além de poder ser utilizada como rodovia alternativa, ela aproximaria nossa cidade, o Cassino e o porto com Jaguarão e a cidade uruguaia de Rio Branco, onde muitos rio-grandinos gostam de fazer compras. Também seria muito interessante para a população daquela região, que ficaria mais próxima do nosso porto, do Cassino e a distância entre as cidades fronteiriças do Chuí e Jaguarão ficariam bem menores do que ter de ir primeiramente até Pelotas. 


Arroio do Sal

Nosso comentário anterior já rendeu interessante observação de um leitor, que nos enviou a seguinte mensagem: “O argumento de possível isolamento de Rio Grande é mais um a favor da construção do porto de Arroio do Sal. Isso não quer dizer que sou favorável à construção daquele porto. Muito pelo contrário, mas a possibilidade de isolamento do porto do Rio Grande da economia do Estado poderá ser utilizado pelo pessoal de Caxias do Sul e Porto Alegre para dizer que tem de ter um segundo porto”..


Jaguarão e Arroio Grande tem interesse

Lembro dos bons tempos em que trabalhei no saudoso jornal semanário “Folha Gaúcha”, da nossa querida Wanda Leite, também proprietária da rádio Riograndina, e ouvi os prefeitos de Jaguarão e Arroio Grande. Eles tentavam fazer uma campanha para o asfaltamento da estrada, mas parece que não encontrou acolhida das “lideranças” locais. Cabe lembrar que o forte da economia daquela região é a orizicultura e hoje parte do arroz gaúcho é exportado pelo porto do Rio Grande. 


Reivindicação de mais de 50 anos

Também quando tive o jornal “Sul RS” noticiei, em julho de 2017, que graças à iniciativa do empresário Leandro Oliveira e o apoio do prefeito da época, Alexandre Lindenmeyer, a balsa responsável pela travessia voltava a operar, após um período desativada.

Atualmente não sei se a travessia está sendo possibilitada, mas Rio Grande e o desenvolvimento da região não podem prescindir da estrada de Santa Izabel. Aliás, uma luta de nossas lideranças do passado e inexplicavelmente deixada de lado.


Por que deixaram de lado?

Recursos não podem ser problemas para a estrada de Santa Izabel. Da BR-471 (Quinta-Chuí) até Arroio Grande são apenas 44 quilômetros no total. Existem vários trechos de estrada, até maiores que esse, feitos pelo atual Governo do Estado.

Eduardo Leite fez extraordinária votação no Rio Grande e ainda não nos retribuiu. Talvez ele nem saiba da existência da estrada. A pergunta que devemos fazer é: por que nossas lideranças ou o prefeito, vereadores, não aproveitaram o fato de termos um governador da região e foram em busca desse investimento, tornando realidade um sonho de mais de 50 anos de nossa comunidade? 

Mas, se nem oito quilômetros de pista Eduardo Leite construiu na avenida Itália, do Trevo à Junção...


Menos 50 quilômetros

Santa Izabel é uma localidade no interior do município de Arroio Grande, que fica na margem do canal São Gonçalo, fazendo limite com o nosso município. Para chegar lá, o riograndino deverá ir pela BR-471 e, a poucos quilômetros da Vila da Quinta, entrar numa estrada de chão batido com 17 quilômetros até o São Gonçalo. Lá tem de fazer a travessia do canal por balsa (uma ponte não seria tão cara para o Estado) até o vizinho município. De Santa Izabel são cerca de 27 quilômetros até Arroio Grande.

A estrada de Santa Izabel diminui em 50 quilômetros a viagem ente Rio Grande e Jaguarão, evitando que se tenha de ir até Pelotas. Uma viagem entre as duas cidades por Santa Izabel, contando ida e volta, significa economia de 100 quilômetros e menos dois pedágios. Não é pouco. Se não conseguirmos quando o governador é da região, vamos conseguir quando?


Perguntar não ofende

A estrada de Santa Izabel, que reduz o tempo de viagem entre Rio Grande/Arroio Grande, Jaguarão e Rio Branco (Uruguai)...

A – ... não é necessária.

B – ... é importante para a região.

Em caso de ser importante para a região, por que nem se fala no assunto?

A – Custa caro.

B – Pelotas não deixa.

C –Falta de força política e incompetência de nossas lideranças.


Contatos com a coluna pelo email: iquedelarocha@gmail.com



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