Nerino Dionello Piotto

O Brasil ocupa, neste ano, a terceira posição mundial no número de mortes por acidentes climáticos. Só fica atrás do Afeganistão e do Quênia.

Entendo que não é hora de apontar culpados, embora eles existam. Nossos governantes, no geral, tem gasto mais em corrigir os efeitos pós catástrofes do que na prevenção. Aprende-se pela dor ou pelo amor. A escolha é nossa.

A responsabilidade em eleger legisladores e governantes comprometidos com as adaptações ao novo normal do clima, É NOSSA!

Agora é hora de ajudar, acolher, indicar caminhos para mitigar as agruras, notadamente daqueles menos favorecidos.

E, dentre eles, estão os pequenos empresários e os trabalhadores.

A pergunta que não quer calar: e agora? O que, como faço?

As empresas podem usar a lei da pandemia, ou seja: dar férias coletivas, antecipar férias individuais, feriados, dar folga aos trabalhadores usando o banco de horas.

Com humanidade, é claro. Mas os trabalhadores não podem se olvidar que seus empregadores, se atingidos, também estão sofrendo. Elas precisam voltar à atividade e precisam dos empregados. É uma estrada de mão dupla.

Se o empregado não pode voltar ao trabalho, deve justificar. A empresa terá que avaliar caso a caso. Se ela constatar que o trabalhador está agindo de má -fé, que não foi atingido pela tragédia, pode até aplicar uma demissão por justa causa ou descontar os dias parados.

Há aspectos físicos e emocionais que devem ser levados em conta. A situação é muito delicada, é dramática no Rio Grande do Sul, mas não e nem nas mesmas proporções e condições em todas as cidades e dentro delas.

Bom senso e cabeça fria são preponderantes no atual quadro!

Pensem nisso....