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Rio Grande,07/09/2024

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Marisa Martins

SONHO DE INVERNO

“Vamos logo que já tá na hora de zarpar... Navegador! Deixa os que sonham ser felizes habitando o paraíso. Navegador!

Foto: Ilha Great Stirrup Cay / Arquivo pessoal
SONHO DE INVERNO

Marisa Martins aloha.marisah@gmail.net


“Vamos logo que já tá na hora de zarpar... Navegador! Deixa os que sonham ser felizes habitando o paraíso. Navegador!

(Raul Seixas – Ilha da Fantasia)


Inverno chegou. Mente navega por mares, refletindo sóis, brisas mansas. Sonhos contrapõem-se a ventos, dias plúmbeos, chuvas, névoas. Preciso deles.

Difusas lembranças de série televisiva Ilha da Fantasia, décadas passadas, e recordações nostálgicas de Raul Seixas, em música com mesmo nome do seriado.

“Navegador! Deixa os que sonham ser felizes”... Raul cantava. Entrementes, TV mostrava ilha com anfitrião – senhor Roark – e auxiliar Tatoo, recebendo convidados especiais. Estes, ávidos por realizar desejos raiando o impossível.

Seriado não durou muito. Como as quase inatingíveis utopias. Fantasias voláteis. Música de Raul permanece. Arte verdadeira. Tal possível realidade.

Recriaram série. Sem senhor Roark e Tatoo. Duas mulheres os substituem. Enredo de conteúdo com qualidade duvidosa. Salvam-se cenários.

No mundo real existem, sim, ilhas que resgatam Raul Seixas... deixando os que sonham ser felizes. Com enredos beirando magias.

Great Stirrup Cay. Ilha perdida no Mar do Caribe. Próximo às Bahamas, Cuba, Coco Bay.

Realiza fantasias de navegar em mar safira e ancorar em verde pedaço de terra. Exuberante vegetação nativa, coqueirais, jardins.

Não se ouve, ao chegar, sino tangido por Tatoo, dando boas-vindas. Nem o senhor Roark realizando sonhos. Só música de Raul parece voltar em diáfana borboleta.

Encontra-se liberdade de se perceber feliz. Materializando fantasias que imaginação manuseia.

Tépido dia. Raios de sol e marulhar de ondas acariciam corpos e areia. Brisas afagam ramagens.

Vaga-se em outra dimensão. Dimensão indefinível. Sem concretos. Sem pressas. Robinson Crusoé, quem sabe, viveu nesse lento passar do tempo.

Assim, devagar, vão-se horas, entre infantis desejos realizados. Piquenique em ilha, corpo boiando como se em nuvem boiasse. Distante do universo normal, formal. Quebrado, como diríamos nos anos de Raul.

Great Stirrup Cay. Ilha verde em meio ao azul.

Ilha de fantasias. Paraíso possível. Sonho de inverno...


P.S.: Um dia no paraíso, um dia apenas. Mil e mais mil dias de querer voltar.



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