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Rio Grande,07/09/2024

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Marisa Martins

UNIVERSO PARALELO

“O universo real, com suas desigualdades e conflitos, invadiu e destruiu a utopia do “paralelo...” – J. Wagner

Foto: margem da BR392 / Arquivo pessoal
UNIVERSO PARALELO

UNIVERSO PARALELO

Marisa Martins aloha.marisah@gmail.com


Entendia universo paralelo como realidade virtual, correndo ao lado da real. Ou mesmo, algo como letra de música da banda Capital Inicial: “Eu vejo imagens, vivo sensações que me fogem à compreensão. Quando eu fico só parece que ouço vozes de outra dimensão”. Um universo de ficção científica.

Simplificando. Sem investigar em profundidade e sem interesse por livros ou filmes sobre o assunto, universo paralelo seria apenas realidade alternativa. Inclusive festiva, não só ficção, como Universo Paralello, festival de contracultura de música eletrônica, criado pelos brasileiros Swarup e Ekanta, pais do DJ Alok.

Universo Paralello foi o festival licenciado que sofreu ataque do Hamas, em Israel, outubro de 2023.

Jornalista J.Wagner, após a tragédia israelense, colocou que “O universo real, com suas desigualdades e conflitos, invadiu e destruiu a utopia do “paralelo...”

Só agora, o que pensava sobre esses universos, com minha “velha opinião formada sobre tudo”, transformou-se, fez metamorfose, no dia em que a terra parou, como diria Raul, e águas inundaram brutalmente o Sul.

Com mais clareza ficaram também, pseudo verdades, ao transitar por Porto Alegre, semana passada, com rios Jacuí e Guaíba, outra vez, beirando o asfalto e alagando bairros.

Desfilaram fatos reais semelhando ficção. Pela margem da rodovia, com águas que não querem retornar ao leito, ameaçadoras, não se vê festival colorido de utopias e, sim, festival monocromático de lonas. Frágeis abrigos para os que perderam lares.

Expõe-se lado escuro da mudança do universo real desde maio deste ano.

Existe apenas palavra que pode resumir triste quadro: atordoamento. E está difícil sair dele.

Há sempre o medo de que realidade seja invadida, outra vez, por universo paralelo destrutivo de porções da vida e de sonhos.

O medo do medo. Sem ficção científica. Sem utopias...


P.S: Que brilhe o sol para espantar medos e aquecer esperanças.





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