Nerino Dionello Piotto

Um leitor me contactou se queixando que as aplicações em seu banco estão indo mal. Não estou autorizado a divulgar o nome. Há boas alternativas!

Nós, brasileiros, gostamos de aplicar em renda fixa. Somos ariscos às bolsas ( renda variável ). E o mercado se adapta à nossa cultura, criando títulos de renda fixa, incentivados, isentos de imposto de renda, como os vinculados a projetos de infraestrutura, por exemplo, oferecendo bons retornos.

Eles são a bola da vez das aplicações. São títulos de dívidas de empresas cuja captação está atrelada a projetos de infraestrutura. E isentos de tributação, daí o nome de incentivados.

Há também as LCIs ( letras de crédito imobiliário ) e as LCAs ( ... agrícola ) . Estas, como títulos de dívidas bancárias, tem risco associado ao banco emissor. Já as debêntures incentivadas tem o risco do projeto que a captação financiar.

Recomendo que se avalie qual é a remuneração paga acima do título público.

Pra se ter uma base de comparação...os títulos públicos ( risco quase zero, pois governos podem emitir para pagar ...) pós-fixados estão pagando IPCA ( em torno de 4%aa ) mais em torno de 6%aa, menos a tributação, o que dá um retorno em torno de 8,2%. As debêntures incentivadas de baixo risco pagam em média 6,5% mais IPCA. Como são isentas, a diferença pode ser interessante!

Mas... atenção para evitar perder o sono! Não esquecer que esses títulos tem seu valor marcado a mercado...se precisar vender antes do vencimento...vai receber o valor do dia...pode ser maior ou menor....ou se houver fraude como ocorreu com a Americanas...LCAs...pode “ micar”, virar pó; e sua idade...sucessão patrimonial...custo de inventário...e que...nem tudo aquilo que reluz é ouro! Bueno...Se tudo isso estiver sob controle, siga a regra DE OURO=DIVERSIFIQUE.

Ou, se não quiser aquecer a mufa, se for idoso e não quiser avaliar se o prêmio oferecido compensa o risco, esqueça tudo e aplique em um VGBL de acordo com seu perfil, conservador, moderado ou arrojado, pois é o único produto que não entra em inventário, não tem come cotas, ou seja, só paga o imposto no saque e a tributação pode ser regressiva, de 10%.

Pensem nisso!