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Rio Grande,16/09/2024

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Marisa Martins

Rota de pecados (Gastronômicos...)

“Por que deixar para amanhã a dieta que podemos adiar hoje?” – Ricardo Freire

Yakissoba e carnes - Tailândia / Arquivo pessoal
Rota de pecados (Gastronômicos...)

Marisa Martins aloha.marisah@gmail.com


Inverno desperta desejos pecaminosos gastronômicos. Não foi, porém, em clima frio que se sucederam os exageros. Deixaram rastros por balanças do médio e extremo oriente.

Tentativa de mastigar, gulosamente, sementes, como aperitivo, num jantar em Dubai, foi impedida por discreta advertência do garçom. Eram decoração artificial. Dentes salvaram-se.

Ainda nos Emirados Árabes, lentilhas, kaftas e kebabes de carneiro, pães com pasta de grão de bico, quibes, no desjejum, eram reais. Prepararam para dança do ventre. Dilatado.

Camarões e caranguejos gigantes grelhados, salmão cru em folha de bananeira, feijões apimentados, yakissobas, em Bancoc, Tailândia. Enjoo, mal estar. Seriam as torradinhas de pão preto? Ou o caldo de legumes?

No Camboja, pratos levíssimos. Energia para visitas ao Templo de Angkor. Tudo inhos na refeição matinal. Ovinhos, queijinhos, franguinhos, arrozinhos com carne de porquinhos.

Na antiga Saigon, agora Ho Chi Minh, Vietname, se vietcongs descobrissem iguarias em mesas de cafés, fugiriam dos túneis e as atacariam: ostras gratinadas, tenros filés, massas, molhos, sushis, sashimis, frutas exóticas.

Dias passando. Por que bermuda preferida encolhera, perguntava-me. Não fora pela bacalhoada em Macau, nem pelos rolinhos primavera de Hong Kong, por certo.

Pequim. China. Adentrando banheiro, surge objeto odioso, banido da mente. Ba-lan-ça.

Nem torturada, peso-me, penso. Contudo... Quem sabe, tirando roupa, anéis, pulseiras, correntinha, relógio, brincos, batom, rímel, peso diminuirá?

Ponteiro dispara. 1, 2, 3, 4, 5 quilos de excesso adiposo, em vinte dias.

Choro. Pela humilhação, e pelo infeliz destino dali em diante. E iguarias da Coreia do Sul e do Japão? Juro conter-me, com detestável dieta.

Na Coreia, Seul, sofrimento. Só polvo cozido, milho verde grelhado e frango assado. No Japão, em Tóquio, encontro com restaurantes alemão e brasileiro. Joelho de porco e batatas, no alemão. Grossas fatias de picanha no brasileiro.

Joguei-me no fogo da gula. Com farofa, arroz e feijão, misturados à saudade do Brasil...


P.S.: Retornando, inverno gaúcho, suculento mocotó aguardava. Delicioso pecado ocidental.



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