Seja bem-vindo
Rio Grande,16/09/2024

  • A +
  • A -
Publicidade

Ique de la Rocha

Os falsos profetas

Texto extraído do livro “O Evangelho segundo o Espiritismo”, de Allan Kardec.


Os falsos profetas

Os falsos profetas

Texto extraído do livro “O Evangelho segundo o Espiritismo”, de Allan Kardec.

 

Se vos disserem: “O Cristo está aqui”, não vades, mas, ao contrário, ponde-vos em guarda, porque os falsos profetas serão numerosos. Não vedes as folhas da figueira que começam a embranquecer; não vedes seus brotos numerosos esperando a época da floração e o Cristo não vos disse: Reconhece-se uma árvore pelo seu fruto? Se, pois, os frutos são amargos, julgais que a árvore é má; mas se são doces e salutares, dizeis: Nada de puro pode sair de um tronco mau.

É assim, meus irmãos, que deveis julgar; são as obras o que deveis examinar. Se aqueles que se dizem revestidos do poder divino estão acompanhados de todas as marcas de semelhante missão, quer dizer, se possuem no mais alto grau as virtudes cristãs e eternas; a caridade, o amor, a indulgência, a bondade que concilia todos os corações; se, em apoio às palavras, eles juntam os atos, então podereis dizer: Estes são realmente os enviados de Deus.

Mas desconfiai das palavras hipócritas, desconfiai dos escribas e dos fariseus que oram nas praças públicas, vestidos de longas roupas. Desconfiai daqueles que pretendem ter o único monopólio da verdade!

Não, não, o Cristo não está aí, porque aqueles que ele envia para propagar a sua santa doutrina, e regenerar seu povo, serão, a exemplo do Mestre, brandos e humildes de coração acima de todas as coisas; aqueles que devem, por seus exemplos e seus conselhos, salvar a Humanidade que corre para a sua perdição e perambulando nas rotas tortuosas, estes serão acima de tudo modestos e humildes. Todo aquele que revele um átomo de orgulho, fugi dele como de uma lepra contagiosa, que corrompe tudo o que toca. Lembrai-vos de que cada criatura leva na fronte, mas nos seus atos sobretudo, o cunho de sua grandeza ou da sua decadência.

Ide, pois, meus filhos bem-amados, marchai sem vacilações, sem preconceitos, na rota bendita que empreendestes. Ide, ide sempre sem temor; afastai corajosamente tudo o que poderia entravar a vossa marcha até o objetivo eterno. Viajores, não estarei senão bem pouco tempo ainda nas trevas e nas dores da prova, se deixardes os vossos corações buscar essa doce doutrina que vem vos revelar as leis eternas, e satisfazer todas as aspirações da vossa alma quanto ao desconhecido. Desde o presente, podeis dar corpo a esses silfos fugazes que víeis passar em vossos sonhos, e que, efêmeros, não podiam senão encantar o vosso espírito, mas não diziam nada ao vosso coração. Agora, meus amados, a morte desapareceu para dar lugar ao anjo radioso que conheceis, o anjo do reencontro e da reunião! Agora, vós que bem cumpristes a tarefa imposta pelo Criador, não tendes mais nada a temer da sua justiça, porque ele é pai e perdoa sempre a seus filhos transviados que clamam misericórdia. Continuai, pois, avançai sem cessar; que a vossa divisa seja a do progresso, do progresso contínuo em todas as coisas, até que chegueis, enfim, a esse termo feliz onde vos esperam todos aqueles que vos precederam. (LUÍS, Bordéus, 1861).

 

Contatos com a coluna pelo email: iquedelarocha@gmail.com



COMENTÁRIOS

LEIA TAMBÉM

Buscar

Alterar Local

Anuncie Aqui

Escolha abaixo onde deseja anunciar.

Efetue o Login

Recuperar Senha

Baixe o Nosso Aplicativo!

Tenha todas as novidades na palma da sua mão.