Ique de la Rocha

Confesso aos leitores que durante algum tempo não entendia bem a missão de Jesus e o fato Dele ter morrido na cruz para nos salvar. Sempre tive fé em Deus, mas somente depois que comecei a ler trechos do Evangelho foi que compreendi melhor a grandeza de Jesus. Ele, de fato, foi um grande homem, que nos trouxe o maior ensinamento moral de que se tem conhecimento, ao menos no Ocidente. Deu a vida para trazer a sua mensagem de paz e amor.

A gente vê muitas pessoas batendo no peito, dizendo que amam Jesus, mas fico pensando: nunca O viram e dizem que O amam, mas não são capazes de amar ou, ao menos, ter compaixão daquele que muitas vezes está a seus pés, esmolando, sofrendo. Fica parecendo uma coisa interesseira: amo Jesus, porque ele é o “pistolão” para eu entrar no céu! Nem ao menos demonstra ter compreendido a Sua missão.

Penso que amar a Cristo é amar a sua pregação. E, principalmente, exercer os ensinamentos, na prática. Claro que somos humanos e, portanto, falíveis. Dificilmente não passa um dia sem que a gente cometa uma ofensa a Ele. Mas Ele é tão bom que nos compreende. O importante é nosso desejo de nos tornarmos uma pessoa melhor e nos esforçarmos para isso. Aliás, ouvi isso de um caboclo, numa casa de Umbanda: “Os filhos ainda estão longe da perfeição e errar faz parte da caminhada. Vocês ainda vão ter muitos tropeços. O importante é que, a cada tropeço, vocês levantem e continuem a caminhada. Nunca desistam de tentarem ser uma pessoa melhor”.

Quando Jesus é indagado sobre o maior mandamento, ele diz: “Amareis o Senhor vosso Deus de todo o vosso coração, de toda a vossa alma e de todo o vosso espírito. Eis aí o maior e o primeiro mandamento. Eis o segundo que é semelhante a este: Amareis vosso próximo como a vós mesmos. Toda a lei e os profetas estão contidos nesses dois mandamentos. (São Mateus, cap. XXII, v. de 34 a 40)”.

Não se pode amar a Deus sem amor ao próximo

N’O Evangelho Segundo o Espiritismo, Allan Kardec escreveu o seguinte: “Amareis a Deus de toda a vossa alma e ao vosso próximo como a vós mesmos”; toda a lei e os profetas estão contidos nesses dois mandamentos. E para que não haja mais equívoco sobre a interpretação do amor de Deus e do próximo, ajunta: “E eis o segundo ,mandamento que é semelhante ao primeiro”, quer dizer, que não se pode verdadeiramente amar a Deus sem amar ao próximo, nem amar o próximo sem amar a Deus; portanto, tudo que se faz contra o próximo se faz contra Deus. Não podendo amar a Deus sem praticar a caridade para com o próximo, todos os deveres do homem se encontram resumidos nesta máxima: FORA DA CARIDADE NÃO HÁ SALVAÇÃO.     

Não podemos esquecer que Cristo também disse: onde houver uma pessoa sofrendo, eu lá estarei”.

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