Marisa Martins aloha.marisah@gmail.com

Jornalista Alexandre Garcia afirmou em comentário, que escolheria Vancouver, se tivesse que morar fora do Brasil.

Dou razão a ele. Não só a ele. Também àqueles que a declararam uma das cidades de melhor qualidade de vida do mundo. A revista “The Economist” já a declarou a melhor.

Situada entre montes e as águas de muitas ilhas do Pacífico, eram apenas dois assentamentos ingleses até a Colúmbia Britânica integrar-se ao Canadá, em 1871.

Desenvolveu-se na época da Corrida do Ouro, final do século XIX. De 19 mil habitantes em 1891, passou a 100 mil, em 1911.

Assim, população é eclética e multicultural. Descende daqueles que acorreram para garimpar ouro. Deixaram como herança, um povo e um território.

Dos assentamentos iniciais, um manteve características da época. Tornou-se ponto de visita obrigatória: Gastown.

Surgiu em torno da taberna do marinheiro inglês “Gassy” Jack Deighton. Daí o nome do agora bairro.

Surpreende e atrai em Glastown, relógio movido a vapor, de 1870. Único do mundo em funcionamento.

A cada quarto de hora emite apitos semelhantes aos de trem antigo. Nas horas cheias, o som é mais encorpado, na mesma lógica dos relógios de igreja.

Vapor expelido pelos apitos, por finas chaminés, em plena esquina de movimentada rua, cria ambiente inusitado.

Pessoas aglomeradas em torno dele, observam mecanismos de acionamento e enorme pêndulo, através de paredes de vidro.

Postes originais da época da iluminação a gás adornam-se de flores. E, de repente, na primavera, pode-se encontrar até noiva, de longo vestido branco, de mãos dadas com o amado.

Assim é Vancouver. Abraçada pela natureza, linda e romântica, não esquece o passado junto a moderno presente

Assim é Vancouver. Onde noivas passeiam nas calçadas. E tique-taque é a vapor...

PS: Da temperatura de mais de 20ºC, no verão, passa a negativas no inverno, cercada de montanhas nevadas.