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Rio Grande,18/10/2024

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Ique de la Rocha

Baixo nível nas eleições

Se os candidatos estão apelando agora, o que não poderão fazer depois de eleitos?


Baixo nível nas eleições

Ique de la Rocha


Lamentável o clima reinante nas eleições municipais em todo o Brasil. É baixaria de todo o tipo e nem Rio Grande está escapando.

Em primeiro lugar, o eleitor brasileiro e rio-grandino precisa desconfiar de todo candidato que apela para esse tipo de expediente. Ele já demonstra que é capaz de fazer qualquer coisa para atingir seu objetivo. E se antes da eleição já age de forma suja contra seus adversários, o que esperar do comportamento desse candidato, uma vez eleito?

Os próximos quatro anos necessitarão de muita responsabilidade, honestidade e competência do novo governante, pois Rio Grande precisa dar a volta por cima e resolver os problemas, que não são poucos.

Precisamos reerguer o centro da cidade, o Polo Naval, pensar seriamente no desenvolvimento do turismo, modernizar o plano diretor, melhorar a mobilidade urbana, a segurança pública e por aí vai.

Uma cidade, bonita ou feia, moderna ou atrasada, apenas reflete a mentalidade reinante em sua população. As escolhas são de nossa responsabilidade.


Próximos da 3ª Guerra?

Com as novas tecnologias, o mundo pôde assistir pela primeira vez uma guerra praticamente ao vivo, quando da invasão dos EUA ao Iraque, ordenada pelo Bush Filho. Naquele conflito a TV Al-Jazeera, do Catar, fez a melhor cobertura e depois dela, para mim, foi a RTP, de Portugal. A partir dali passei a ter respeito e admiração pela imprensa portuguesa. Agora, o excelente jornal português “Público”, em sua edição desta terça-feira, 24, traz um artigo bastante esclarecedor, assinado pelo jornalista Amilcar Correia, com o título “Não, o Líbano não pode ser outra Gaza”. A seguir, trechos do que ele escreveu. 

“Benjamin Netanyahu teve e vai continuar a ter carta branca dos aliados, até as eleições de novembro, para atacar quem quiser e como quiser.

Com as ações dos últimos dias, dos ataques indiscriminados da semana passada, com a explosão de pagers e walkie-talkies, até aos bombardeamentos desta segunda-feira, que causaram mais de duas centenas de mortos, Israel pretende fazer alastrar a guerra e atrair o Irã para um conflito regional, uma semana depois de o novo presidente iraniano ter admitido negociar com os EUA. Nada nem ninguém trava o desejo de Netanyahu de fazer alastrar as frentes de guerra.

A sua estratégia é destruidora, desproporcional e ignora ostensivamente o direito internacional. Gaza está arrasada, os colonos agem selváticamente sobre a população árabe da Cisjordânia, militares israelitas atiram cadáveres de um telhado, numa banalização cotidiana do mal e o Líbano corre o risco de ser uma nova Gaza, como alertou o secretário-geral das Nações Unidas, Antônio Gutierres.

A complacência ocidental mantém-se inquebrável e não vai além de declarações vagas de preocupação, como foi o caso do Presidente dos EUA... Uma maior e acelerada desestabilização do Oriente Médio terá repercussões globais. Apesar disso, as potências ocidentais vão continuar a armar Israel sem problemas de consciência e a enterrar a sua credibilidade.

Neste momento há 110 conflitos armados em todo o mundo. As atenções ocidentais estão focadas numa guerra na Europa e noutra no Oriente Médio, mas estas estão longe de serem as únicas com consequências devastadoras para os civis.

Uma criança morre a cada duas horas, no campo de refugiados de Zamzam, nos arredores da cidade sudanesa de El-Fasher, de fome ou de doença. A guerra civil no Sudão, iniciada em 2023, é, na certa, o conflito com consequências mais devastadoras em todo o mundo: cerca de 150 mil pessoas terão morrido, 245 cidades terão sido queimadas e 10 milhões de pessoas deslocadas... As Nações Unidas não foram aceitas como intermediárias nos processos de paz destas três guerras (Ucrânia, Gaza e Sudão). O seu papel é ainda importante? Esta assembleia geral pode ajudar a responder à questão. A aprovação do Pacto para o futuro para reformar a governança internacional, nomeadamente o Conselho de Segurança, é uma medida necessária para um mundo mais equilibrado”.     

        

Contatos com a coluna pelo email: iquedelarocha@gmail.com



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