Marisa Martins aloha.marisah@gmail.com

O que faz um povo, uma nação, serem felizes? Pergunta parece eivada de subjetividade, mas não o é.

Índice de felicidade de um povo é medido por elementos objetivos: cuidados com educação, saúde, moradia, segurança, lazer, confiança nos governantes, PIB, entre outros.

Pesquisadores da ONU e do Instituto Gallup entendem que “felicidade das pessoas parece impactar mais do que a renda. Logo, resulta de ação objetiva”.

Governos com população feliz são os que investem em dar segurança ao futuro das pessoas. Cada vez melhoram mais cuidados e acompanhamento, em especial, com crianças.

Países escandinavos, junto com Suíça, Holanda, Canadá, Nova Zelândia, Austrália, entre outros, são bem colocados na percepção de felicidade da população.

Brasil ainda apresenta déficit nessa percepção, tanto de felicidade, quanto de segurança, e, em especial, nas áreas de educação e saúde.

Assim, no período até 12 de outubro, milhares de fiéis buscam conforto e solução de problemas junto a Aparecida, símbolo de vínculo com Deus, como caminho para maior confiança no futuro. Por quê?

Fé e religiosidade continuam inabaláveis na alma do povo brasileiro, mesmo que, por vezes, escondidas.

Por mais que se rotule de ingenuidade, emoção, crendice, manifestar-se fiel a simbolismos religiosos, fé em Nossa Senhora Aparecida continuará. Representa a transcendência que carregamos junto à frágil imanência.

Fiéis que visitam Basílica de Aparecida, São Paulo, são fortes. Muitos são romeiros. Carregam nos passos a tantos de nós que só os olhamos passar. Também por nós, e por nossas crianças, sangram os pés.

Procuram na fé e na religiosidade suprir carências onde objetividade de políticas públicas é insuficiente.

Oxalá cheguemos ao estágio em que não se necessite suplicar pelos cuidados com nossas crianças.

Basta que ajam objetivamente. Teremos então, jovens e adultos felizes e seguros.

Um povo feliz e seguro...

P.S.: Há quase culto, em Oslo, Noruega às crianças e às mães, como representam suas esculturas.