Ique de la Rocha
Moradores do Taim pedem socorro
Reclamam da estrada, lixo e dificuldade no acesso à escola
Ique de la Rocha
“Quatro anos! Nenhum caminhão de saibro para tapar as crateras e falam de turismo”. As palavras são do nosso leitor e produtor rural do Taim, Eduardo Ribeiro Peixoto, que pede providências do governo municipal no atendimento àquela comunidade.
Conforme ele, “as estradas municipais no Taim, no Banhado do Maçarico, estão abandonadas. Muitas vezes as crianças não chegam na escola ou chegam atrasadas e o ônibus escolar quebra rotineiramente”.
No que diz respeito à RG 155, que dá acesso à Unidade de Conservação do Taim, Peixoto diz: “Solicitamos um projeto, mapas, quantitativos... A Prefeitura não só não fez nada, como alega não ter mapas nem projeto para área. A Defesa Civil tinha, inclusive, recursos para melhorar o acesso, mas a Prefeitura não tem um projeto”.
Outra reclamação no Taim é com relação ao lixo que, segundo os moradores, é jogado ao ar livre e não há local específico para recolhimento, nem uma coleta de forma regular.
Moradores se manifestam
Não é só Eduardo Peixoto que mostra-se insatisfeito com o atendimento da Municipalidade no Taim. O trabalhador de uma fazenda, que atua na localidade há muitos anos, conta que “faz tempos tive um acidente, cortei o dedo e levei uma hora para chegar na Quinta com essa buraqueira toda. Achei que ia perder o dedo. Imagina um acidente pior. É uma pena não ter manutenção. Com manutenção a estrada é boa, mas assim como está...”.
Outro morador, que trabalha como capataz de pecuária e doma de cavalos, fala por ele e por outro morador: “No Caçapava, o Serginho tem dois guris que faz dois ou três meses que não vão à aula, porque não tem estrada ali. É um trecho pequeno, mas chão e atola direto”.
Está feito o registro e a coluna coloca-se à disposição do setor competente da Prefeitura, caso deseje manifestar-se.
A venda do Tecon
A venda do Tecon para a poderosa MSC, comunicada pela Wilson Sons nesta segunda-feira, 21, pode ser um fato alvissareiro para nós em meio ao noticiário sobre o Porto Meridional no Litoral Norte, que irá competir conosco. Isso porque uma empresa gigantesca, que paga mais de R$ 4 bilhões por operações da Wilson Sons, provavelmente não vai dar uma “bola fora”. Vamos perder cargas para Arroio do Sal, especialmente a containerizada da Serra e próxima de Porto Alegre, mas o novo proprietário do Tecon deve estar mirando novos clientes para cá. A concorrência faz isso. Nosso porto vai precisar de uma gestão competente para buscar novas cargas e compensar as possíveis perdas que teremos.
Contatos com a coluna pelo email: iquedelarocha@gmail.com
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