Marisa Martins
Retorno
Onde estarão políticos americanos como Washington, Jefferson, Lincoln, Roosevelt, Wilson, Eisenhower, Truman, J.F Kennedy?
Marisa Martins / aloha.marisah@gmail.com
Creio não ter ocorrido período eleitoral tão conturbado quanto o atual, nos Estados Unidos. Isso, desde as primárias. Foi complicada a escolha dos candidatos pelos Democratas e Republicanos, pois monopolizam eles corridas para a presidência.
Atentados de morte contra Trump. Biden teimando em concorrer. Escolha difícil de Kamala. Insatisfação pela falta de lideranças confiáveis e competentes. Tanto de um lado quanto de outro.
Onde estariam políticos como Washington, Jefferson, Lincoln, Roosevelt, Wilson, Eisenhower, Truman, J.F Kennedy?
A saída para crise de opções, em muitos momentos, deu-se pelo humor. Humor nervoso. Charges, inscrições em camisetas, chistes de guias turísticos movimentavam a campanha, mais do que discursos. Milhões de dólares gastos em publicidade azeitaram a “corrida maluca”.
Na suntuosa Trump Tower, 5ª Avenida, em Nova York, como sempre, alguém tenta escaladas, para minutos de fama no período eleitoral. A imprensa fotografa e filma.
Humor americano nunca foi tão ácido quanto em 2024. Entre candidatos, histéricos xingamentos, por vezes, de baixo nível, semelhavam luta livre.
Enquanto isso, investigações jornalísticas recuperaram processos machistas contra Trump. Imprensa investigativa foi inclemente.
Onde ficaram propostas objetivas de projetos econômicos e sociais, tributos, segurança, educação, saúde, imigração, relações internacionais? Fofocas pareceram prevalecer sobre elas.
Trump teve gestão de 2017 a 2020, razoável a boa, com período, em parte, no início da pandemia. Biden exerceu governo razoável, enfrentando eclosão de guerras internacionais.
Ao final do conturbado período eleitoral, vitória de Trump, nos votos populares e naqueles para escolha de Delegados. Vitórias para o Senado e Câmara dão amplo poder a ele.
Não foram bem as intermináveis e caríssimas pesquisas que, em geral, tendiam à vitória de Kamala.
O mundo, agora, se pergunta: continuará protecionista o eleito, ou abrir-se-á a negociações com o mundo. Aceitará repensar questões da imigração e da saúde?
Como será o retorno? Bem ou mal-humorado? Suspense...
P.S.: Para nós, no Brasil, na área econômica, importa mais que Trump modere nacionalismo e protecionismo exacerbados. Exageros são indesejáveis.
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