Marisa Martins aloha.marisah@gmail.com

Finalizado o G20, ficou claro, pela abrangência dos meios de comunicação, que Xi Jinping assumiu a força de influência, no mundo, que tinha Rússia, pela ausência de Putin no evento.

Pode-se, então, deduzir que teremos, a partir de janeiro, dois poderosos gigantes enfrentando-se, mesmo que, com disfarce cavalheiresco: Xi e Trump. Por trás dos véus da diplomacia, Putin continuará sua quente guerra.

2008. Em viagem pelo Oriente, acaso colocou Xi no percurso, em Pequim. Era, então, vice-presidente da China, ao lado de Deng Xiaoping, comandante do país.

Multidão reunia-se na Praça da Paz Celestial. Homenagem a regiões chinesas com mortos e feridos que, fazia uma semana, foram atingidas por devastador terremoto.

Xi também era responsável pelos Jogos Olímpicos daquele ano. Pequim estava às vésperas do início deles, na ocorrência da tragédia.

Engenheiro e advogado, mantém-se como presidente desde 2013. É o mais influente desde Mao-Tse-Tung, fundador do comunismo chinês.

Ao mesmo tempo, endossa abertura econômica, espécie de neocapitalismo, sem endossar abertura política.

Reúne todo poder sob seu controle. Trabalha desde início de seu governo na criação de nova rota econômica globalizante, abrangendo Ásia, África, Europa e Américas. Iniciativa Cinturão e Rota, nos moldes da Rota da Seda.

Plano inclui ligação alternativa entre oceanos Atlântico e Pacífico, além de obras de infraestrutura envolvendo rodovias, ferrovias, portos, obras no setor energético, oleodutos e gasodutos.

Diplomacia brasileira, sempre prudente, traduziu-se em não assinatura pelo Executivo, do Tratado Brasil/China, propondo projeto trilionário.

Especialistas político-econômicos, em geral, entendem importante Brasil não aumentar dependência de outras nações.

Há forte ceticismo sobre o projeto. “O País já recebe pesados investimentos chineses. Não haveria ganhos extras”, diz Maurício

Santoro Rocha, colaborador do Centro de Estudos Político - Estratégicos da Marinha.

Logo, é simples deduzir que o XI(s) de questões internacionais passa por Xi Jinping...

P.S.: Passará, também, tema do G20? “Construindo um mundo justo e um planeta sustentável”