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Rio Grande,11/12/2024

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Ique de la Rocha

Lembranças do nosso futebol

Temos torcedores apaixonados, mas falta time.


Lembranças do nosso futebol

Ique de la Rocha


O tempo passa, a gente vai ficando velho e a memória vai sendo utilizada cada vez com mais frequência, à medida que as recordações vêm à nossa cabeça. Estava assistindo uma entrevista do agora ex-jogador D’Alessandro, de saudosa lembrança para os colorados, e ele falava que no próximo sábado promoverá a já tradicional partida beneficente de final de ano. Agora, pela primeira vez no interior do estado, o jogo será em Caxias do Sul. Uma iniciativa louvável do argentino, que está sempre participando de campanhas em benefício dos mais necessitados. Inclusive, ele disse que se inspirou no Dunga, outro ex-colorado e capitão da Seleção que conquistou o Mundial, incansável no auxílio aos mais pobres e que agora vai entregar nada menos que 100 casas para quem precisa. Um cara sensacional.

Enquanto assistia à entrevista pelo You Tube, recordei que num final de ano, creio que há uns cinco anos atrás, D’Alessandro participou de uma partida também beneficente, promovida pelo Taison (outro do Inter), aqui no estádio Aldo Dapuzzo lotado. Por sinal o argentino fez um golaço, na ocasião, Viu o goleiro adiantado e chutou de longe, por cobertura.

Mas aí, me lembrei dos tempos de antanho. Quando os estádios do Rio Grande e Rio-Grandense ficavam lado a lado, na Buarque de Macedo. Nos anos de 1970 se tinha o hábito de fazer na cidade, em dezembro, um jogo festivo de um combinado da cidade contra o time dos rio-grandinos que atuavam fora daqui.

Só os mais antigos vão lembrar dos nomes, mas os jogadores daqui costumeiramente brilhavam em outros centros. O Neca, do Rio Grande, estava no Esportivo de Bento Gonçalves, depois no Grêmio; o Arlém, que foi ponteiro-direito do Rio-Grandense e estava no Inter. O Jader, que foi do São Paulo estava no Santos do tempo de Pelé. E outros tantos participavam desse amistoso e atraíam grande público pois eram, de fato, jogadores de primeira linha.

Rio Grande ainda conserva um público apaixonado e que, mesmo em jogos contra a dupla Gre-Nal, torce maciçamente pelos times locais. Pena que não temos mais futebol.  


Contatos com a coluna pelo email: iquedelarocha@gmail.com



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