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Rio Grande,09/03/2025

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Ique de la Rocha

Cassino poderia receber muito mais turistas

Se tivéssemos uma política de turismo, Rio Grande e o Cassino poderiam ter uma temporada de veraneio ainda melhor do que temos.


Cassino poderia receber muito mais turistas

Ique de la Rocha

 

Cassino poderia receber muito mais turistas

Falta uma política para desenvolver o turismo no Município.

 

O verão é sempre o melhor momento para os rio-grandinos, que passam a desfrutar com muito maior intensidade da praia do Cassino. É, no mínimo, a melhor praia da Metade Sul do Estado e a balneabilidade sempre favorável nos leva a crer que sejamos bem superiores aos balneários do Litoral Norte. Além da praia estar sempre apropriada para o banho, as estatísticas provam há vários anos que é a mais segura do litoral gaúcho.

Que as mães d'água não atrapalhem e que os banhistas não sejam imprudentes. Até o mais antigo pescador ou navegante diz que com o mar não se brinca. São várias as armadilhas que existem e um pouco de cautela não faz mal para ninguém. Praia tem a ver com alegria, diversão, qualidade de vida, saúde e não com tragédia.

 

Uma festa garantida no verão

Se tivéssemos uma política de turismo, Rio Grande e o Cassino poderiam ter uma temporada de veraneio ainda melhor do que temos. Contamos com uma praia enorme, um mar normalmente calmo, a possibilidade de chegar de carro e atrativos, a começar pelo passeio maravilhoso na monumental obra dos Molhes da Barra. O balneário é agradável e o primeiro organizado do Brasil com uma movimentada vida noturna, a grande Festa de Iemanjá, seguida da procissão marítima de Navegantes (na cidade), que é uma realização da vizinha São José do Norte, mas que chega até o Rincão da Cebola e é assistida por milhares de rio-grandinos. Depois ainda tem o carnaval, que virou mais uma referência do balneário.

O Cassino não é uma praia paradisíaca. Está longe disso, mas no Rio Grande do Sul ele tem muito a oferecer. É festa garantida durante toda a temporada e com atrativos já citados que nenhuma outra praia possui.

 Poderíamos ter cinco vezes mais visitantes

Com tudo isso, queremos dizer que se tivéssemos um projeto de turismo poderíamos receber, no mínimo, de três a cinco vezes mais turistas que atualmente. A inércia das autoridades e setores voltados ao setor é impressionante. Nada é feito para desenvolver o turismo no município e quando alguém tenta fazer é “fogo de palha”. Só o que fazem é chamar o Sebrae e o Sebrae sempre vem com o mesmo projeto da Costa Doce, que acaba por nivelar o Cassino à praia do Laranjal ou demais da Lagoa dos Patos.

No penúltimo projeto de turismo da CDL eu tinha o jornal Sul RS e fui numa reunião que aconteceu na Livraria Vanguarda do Partage Shopping (por sinal, muito boas instalações). O Sebrae apresentou o projeto da Costa Doce. O projeto citava as charqueadas de Pelotas, a cachoeira não sei de onde e quase nada de Rio Grande. O mais incrível foi que, na ocasião, a apresentação teve fotos e citações de vários lugares, menos dos Molhes da Barra, justamente o nosso maior cartão postal.  Tenho o jornal para comprovar e a declaração do representante de um clube de motoqueiros, que também manifestou desconfiança com relação ao desenvolvimento do turismo no município que, de fato, mais uma vez não se confirmou.

Penso que é interessante o projeto Costa Doce, mas Rio Grande precisa primeiro ter o seu próprio projeto e colocá-lo em prática. Uma adesão ao projeto do Sebrae pode ser válido numa segunda etapa, mas temos que, primeiro, caminhar com as próprias pernas e não ficar dependentes de outros municípios com bem menos atrativos que nós, simplesmente nos nivelando a eles. Não dá para comparar o Cassino com o Laranjal ou com Arambaré.

 Catarinenses vem todos os anos

Hoje o normal é os gaúchos irem em peso para Santa Catarina, mas já citei em comentários antigos que faz uma década a vinda, todos os anos, de excursões de Santa Catarina para as festas de Iemanjá e Navegantes. Sempre vem uma média de cinco ônibus por ano (as reservas já devem estar feitas nos hotéis locais). Se tivéssemos material de divulgação, contatos com agências de turismo catarinenses e mesmo de cidades gaúchas, esse número poderia ser cinco, dez vezes maior e a cada ano crescendo mais.

 A CDL e o Executivo Municipal

Li que a CDL está novamente com um projeto de turismo, ou dando continuidade ao que vinha sendo feito. É válido, só penso que, antes do Sebrae e do Costa Doce, Rio Grande deveria ter o seu próprio projeto, capitaneado pela entidade lojista. Pensar na divulgação de Rio Grande unidos com o Executivo Municipal, que será sempre uma peça fundamental para isso. A prefeita Darlene Pereira se elegeu com a proposta de fazer diferente da administração anterior. Cabe à comunidade e às forças vivas cobrarem o engajamento mais efetivo de nossas autoridades (também dos vereadores) em ações para desenvolver esse importante setor no Município.

 

 Só temos a ganhar

Rio Grande há muito vê o cavalo passar encilhado, como diz o gaúcho, e não aproveita. O turismo gera empregos formais e informais, impostos para o município e quanto mais ele for forte, mais teremos a ganhar. Só o fato de sermos a cidade mais antiga do RS, histórica, já é um atrativo. Ainda temos o Cassino e outras belezas naturais (praia da Capilha, Estação Ecológica do Taim, ilhas, a travessia com São José do Norte...).

 

Contatos com a coluna pelo email: iquedelarocha@gmail.com



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