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Rio Grande,07/02/2025

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Elis Radmann

A tecnologia imita a vida ou a vida imita a tecnologia?

As pesquisas comportamentais realizadas pelo IPO – Instituto Pesquisas de Opinião mostram que a influência da internet e da tecnologia pode variar de acordo com idade, classe social e profissão.


A tecnologia imita a vida ou a vida imita a tecnologia?

Historicamenteouvimos a frase: “o cinema imita a vida ou a vida imita o cinema?”, quesignifica que existe uma simbiose e uma relação bidirecional entre a vida e aarte. E se pararmos para fazer a mesma analogia com a tecnologia, especialmentecom a IA – Inteligência artificial?

Éuma reflexão complexa, pois a tecnologia é moldada para ser parte da experiênciahumana, capturando imagens, experiências, situações, emoções e sentimentos queencontramos na vida real.

Enesse contexto temos que analisar a relação cada vez mais íntima da sociedadecom os aplicativos e com as redes sociais. Por princípio, toda essa tecnologiadeveria nos auxiliar e não nos dominar!

Aspessoas prestam atenção e estão satisfeitas com o dinamismo da internet e seuspontos positivos! É inegável que hoje em dia tudo é mais fácil, a vida é maisfácil com a tecnologia! Com o celular nos comunicamos instantaneamente comfamiliares, amigos e realizamos até uma compra através de aplicativos demensagem. Pelas redes sociais podemos saber o que está acontecendo no mundo, noestado, na nossa cidade ou até mesmo na vida de outra pessoa.

Masa internet, os aplicativos e as redes sociais também nos "roubam" otempo, nos tornam mais individualistas, egoístas, nos passam informações falsasestrategicamente pensadas para nos enganar e, em alguns casos, nos fazemvítimas de crimes cibernéticos.

Aspesquisas comportamentais realizadas pelo IPO – Instituto Pesquisas de Opiniãomostram que a influência da internet e da tecnologia pode variar de acordo comidade, classe social e profissão. Ela prejudica o desenvolvimento cognitivo esocial das crianças, diminui a capacidade de aprendizado e tira a autoridade doprofessor.

Maschamo a atenção para a precarização de nossas crenças e valores, de nossasreferências, da nossa origem. Duas ou três décadas atrás, uma adolescente seinspirava em sua rede de relações, tinha o exemplo da prima que não foi bemsucedida, analisava a trajetória de uma vizinha. Trocava ideias e sonhos com asamigas, tinha muita influência de sua família e prestava muita atenção emcolegas e professores. As escolhas eram mais fáceis, tanto pelos exemplos maispróximos e factíveis da realidade quanto pelo nível de informação, que seampliava com a experiência e a maturidade. Os jovens sabiam que, para crescer,tinham que subir degrau a degrau.

Agoranão! A instantaneidade propiciada pela tecnologia acelerou a vida dos jovens, comvários influenciadores digitais de referência, muitas opções de escolha e muitainformação. Estes adolescentes observam o mundo a partir da janela datecnologia e ficam “sem chão”, vivem baseados na “aparência” do mundo virtual etêm dificuldade para entender a essência do mundo real em que vivem com suafamília! Querem tudo e se frustram com muita facilidade quando algo dá errado.Não é à toa que temos visto a ampliação contínua dos indicadores de ansiedade ede saúde mental.

Como avanço da inteligência artificial, teremos ainda mais desafios pela frente e dificuldadeaté para decifrar um vídeo real de um vídeo fake! Temos que usufruir da tecnologiacom criticidade, consciência e muito diálogo no mundo real.

 

 

 

 



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