Na tarde desta terça-feira, 16, o programa Café com Z, em O Litorâneo, recebeu o assessor especial da Prefeitura do Rio Grande, Guilherme Schuch. Na ocasião, as pautas abordadas foram o pagamento dos benefícios sociais para as pessoas atingidas pela enchente e o empréstimo de 58 milhões de euros da Agência Francesa de Desenvolvimento para projetos estruturantes em Rio Grande.

O prazo para as famílias rio-grandinas se cadastrarem no benefício social Auxílio Reconstrução que terminaria na sexta-feira, 12, foi prorrogado até o dia 26 de julho. Até o momento, cerca de 33% das famílias receberam a parcela única de R$5, 1 mil do Auxílio Reconstrução, sendo que 28 mil ainda estão esperando análise.

De acordo com Guilherme Schuch, todas as pessoas cadastradas tiveram os dados enviados para o governo federal e os demais programas sociais do governo estadual.  “A prefeitura não faz análise, não temos os critérios totalmente definidos e não temos como informar para a população os prazos que são feitos. Enviamos e-mails e ofícios para o Governo Federal buscando esclarecer os critérios, os prazos, e como estavam sendo essas análises”, comenta.

Ainda sobre o Auxílio Reconstrução, um dos principais questionamentos da população rio-grandina é acerca dos cadastrados enviados no dia 27 de maio. Durante a conversa, Guilherme Schuch esclareceu que cerca de 22 mil cadastros foram enviados na referida data.

“A Medida Provisória que instituiu o programa foi lançada lá pelo dia 16 de maio, depois teve uma portaria para regulamentar no dia 22 de maio, que dizia que os municípios precisavam enviar a lista de logradouros a partir daquele dia. Tanto na Medida Provisória, como na Portaria, o município deveria enviar uma lista de logradouros afetados. Como critério, nós utilizamos as zonas de risco, até porque a própria medida provisória referenciava que poderia ser, inclusive, pessoas que saíram de forma preventiva nas suas casas. A partir de um momento do programa, o governo federal nos informou que não estava levando em consideração nossa lista, mas sim uma mancha de satélite. Para nós foi uma surpresa negativa, pois tivemos muito trabalho para colocarmos a lista de endereços. Nós abrimos o cadastro para a população no dia 24, no dia 27 foram enviados mais de 22 mil cadastros e quem não recebeu começou a fazer um movimento, parecendo que ninguém no dia 27 recebeu. Mas é importante esclarecer que os dados foram enviados, assim como no dia 28 e em outras datas”, esclarece Guilherme Schuch.

Em relação aos programas sociais do governo estadual, 80% das famílias cadastradas no programa Volta Por Cima receberam o benefício e 10% já foram contempladas no programa Pix SOS. “Nós já enviamos ofícios e questionamentos para o Governo Estadual, até mesmo porque aparecia que o CPF não havia sido cadastrado e levava as pessoas a pensarem que a prefeitura não havia cadastrado. Ainda seguimos cobrando do governo do estado uma melhor comunicação para essas famílias”, complementa.

Empréstimo da Agência Francesa de Desenvolvimento 

O Senado, através da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), aprovou na última terça-feira, 9, o Projeto de Resolução nº 21/2024, que autoriza a garantia da União para um empréstimo de 58,5 milhões de euros da Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD) para o município do Rio Grande. Os recursos no valor 58,5 milhões de euros deverão ser utilizados para financiar o Programa de Desenvolvimento Municipal Integrado e Sustentável da cidade do Rio Grande (Rio Grande 2030). 

Durante a entrevista, o assessor especial explicou que os recursos serão pagos em etapas e serão utilizados em eixos, com destaque para a Rota do Parque. Qualquer projeto tem que ter um olhar muito forte para a sustentabilidade e apoio social. Esse projeto que chamamos de Rota do Parque vai permear a Roberto Socoowski, a José Bonifácio, a antiga Estação Rodoviária, até a Val Porto para conectar até a BR-392. Nós vamos ter um anel de circulação muito mais qualificado, com parques lineares. Isso, junto com a duplicação da ERS-735, dará uma outra cara para nossa cidade”, comenta Guilherme Schuch.

Confira a entrevista na íntegra: