Sociedade de Pediatria do RS orienta sobre cuidados necessários com bebês em viagens de avião
Pediatra orienta como deixar a viagem menos desconfortável para as crianças
Foto: Divulgação
No Brasil, as companhias aéreas permitem voos com bebês a partir do sétimo dia de vida. Contudo, viajar com um recém nascido requer planejamento e cuidados redobrados. No mês de julho - período em que muitas famílias costumam viajar com seus filhos - a Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul (SPRS) divulgou um relatório com orientações específicas e dicas para deixar a viagem mais segura e menos desconfortável para os bebês.
Cerca de 40% da população sofre com algum nível de cinetose, condição que está relacionada a desconfortos como náuseas e tontura em viagens de carro, barcos, aviões e outros meios de locomoção.
O médico pediatra, Leandro Meirelles Nunes, explica o que acontece nesses casos. De acordo com o médico pediatra, Leandro Meirelles Nunes, os sintomas de mal-estar estão associados a um fenômeno de incompatibilidade entre o movimento visto a olho nu e a sensação percebida pelos ouvidos.
"Em outras palavras, é como se a área interna do ouvido estivesse dizendo ao cérebro que não estamos nos movendo, enquanto os olhos falam que estamos ou vice-versa. Aí o cérebro fica confuso e gera os sinais mistos, que são sinais de mal-estar. Em viagem de avião ou ônibus, tentar sentar na parte da frente, claro que com crianças, às vezes essa situação não é possível, tem que ir no banco traseiro, mas preferir deixar a cabeça mais imóvel, apoiada no encosto e olhando para o horizonte. Não usar celular ou notebook durante a viagem e, se possível, apontar o fluxo do ar-condicionado na direção da pessoa. Quando for em navios, optar sempre pelo deck superior e manter o olhar no horizonte", orienta o pediatra.
Segundo o especialista, outra recomendação é mastigar chicletes ou alimentos de preferência como cenoura ou maçã. Sintomas de náuseas, tontura, vômitos, dor de cabeça, palidez, sudorese, palpitações e prostração são comuns de serem percebidos. O médico explica que quando o diagnóstico é leve, pode se manejar através do uso de medicamentos prescritos pelo seu pediatra. Em casos mais severos ou mais constantes, é recomendável uma consulta com médico otorrinolaringologista para investigar e fazer exames complementares para ver se a causa é realmente essa.
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