A Universidade Federal de Pelotas (UFPel) emitiu uma nota oficial na última segunda-feira, 02, repudiando um ato racista dirigido ao Professor Eraldo Pinheiro, Pró-Reitor de Extensão e Cultura e candidato à vice-reitoria pela chapa ‘UFPel Multi’. O episódio ocorreu em um grupo de WhatsApp, onde o docente foi alvo de ofensas racistas proferidas por Ceres Jeanine Fripp, apoiadora da chapa ‘Frente Ampla’ para a reitoria da UFPel.

Em resposta ao ocorrido, a chapa Frente Ampla declarou nas redes sociais seu repúdio a qualquer ato racista, inclusive os praticados por seus apoiadores. A acusada também se manifestou, pedindo desculpas por ter utilizado uma expressão "que julgam racista".

Na nota divulgada, a UFPel expressou solidariedade ao Professor Eraldo Pinheiro e condenou veementemente o racismo, destacando que a instituição está comprometida em apurar rigorosamente o caso. "O racismo precisa ser extirpado com firmeza e determinação", afirma o texto, que também reitera a necessidade de ações concretas de combate ao racismo dentro e fora da academia.

A universidade reforçou que o episódio será acompanhado de perto e que espera a responsabilização adequada tanto no âmbito interno quanto pelas autoridades competentes, com o objetivo de que a justiça prevaleça. "Não toleramos racismo. Não toleramos omissão", finaliza a nota.

Confira a nota oficial na íntegra:

“A Universidade Federal de Pelotas (UFPel) e toda a comunidade acadêmica foram abaladas pelo ato de racismo sofrido pelo Professor Eraldo Pinheiro, Pró-Reitor de Extensão e Cultura. Este ato criminoso não apenas fere a dignidade de uma liderança comprometida com a educação, o desenvolvimento social e a causa antirracista, mas também atenta contra os princípios fundamentais de igualdade e respeito que regem nossa sociedade.

O racismo precisa ser extirpado com firmeza e determinação. A omissão diante de tal prática, seja por silêncio ou tentativa de contemporização, é inaceitável. Aqueles que assistem a um ato racista e nada fazem tornam-se cúmplices desta violência, perpetuando a discriminação e o preconceito. Destacamos que situações como esta têm sido apuradas de forma rigorosa no âmbito interno da instituição e todas as providências necessárias são tomadas para garantir a responsabilização. Esperamos, e acompanharemos de perto, que os fatos sejam igualmente apurados pelas autoridades competentes, para que a justiça prevaleça.

Manifestamos nosso mais profundo repúdio a qualquer forma de racismo e expressamos solidariedade irrestrita ao Professor Eraldo Pinheiro. Que este episódio sirva como um alerta para que reafirmemos a necessidade de manutenção de ações concretas de combate ao racismo, dentro e fora da academia, com o compromisso de todas as pessoas.

Não toleramos racismo. Não toleramos omissão.’’