Seja bem-vindo
Rio Grande,17/09/2024

  • A +
  • A -
Publicidade

Mudanças climáticas: imagem de satélite registra presença de fumaça das queimadas na região sul

Meteorologista explica a causa do fenômeno e os impactos na região sul do Estado


Mudanças climáticas: imagem de satélite registra presença de fumaça das queimadas na região sul Foto: divulgação Catavento Meteorologia

Desde o início desta semana, os moradores da região sul do Estado que olham para o céu percebem nitidamente a presença de uma névoa cinzenta e o sol mais avermelhado. Este cenário é em decorrência das queimadas florestais registradas na região central e norte do país e que estão chegando ao Rio Grande do Sul. 


Segundo a meteorologista e CEO da empresa Catavento Meteorologia, Natalia Pereira, as queimadas estão ocorrendo em decorrência da maior onda de calor já registrada no Brasil, deixando a temperatura do país 1,5ºC acima da média e sendo um exemplo real dos impactos das mudanças climáticas. 


“A temperatura do ar no Brasil está 1,5 graus acima da média comparado aos dados históricos. Essa mudança no padrão de circulação é sim em função das mudanças climáticas e isso não é mais uma previsão. A gente está sentindo os efeitos das mudanças do clima e esses eventos extremos como essas ondas de calor, como essas queimadas, essas tempestades, estiagens numa parte do estado do país, enchentes em outras. Isso agora vai ser recorrente”, alerta a especialista, Natalia Pereira. 


A chegada da fumaça na região sul ocorre em razão das correntes de vento e uma circulação de grande escala do Equador em direção aos trópicos, como explica a especialista: “Essa pluma de fumaça é desviada pela Cordilheira dos Andes, então, ela acaba tendo esse sentido noroeste-sudeste e alcança o Rio Grande do Sul”, afirma.


Além disso, a coloração do sol mais avermelhada em contraste com o céu cinza ocorre em razão da interação entre os raios solares e a fumaça, dessa forma, quanto maior a inclinação dos raios, mais forte é a coloração adquirida. 


Incêndios e chuva preta


De acordo com o Programa Queimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), a fumaça oriunda das queimadas está atingindo 60% do território brasileiro. Nas últimas 24 horas, o Brasil registrou mais de cinco mil focos de incêndio. Neste ano, a Amazônia Legal registrou o maior número de focos nos últimos 19 anos. 


Na última segunda-feira, 9, após o temporal que atingiu a cidade do Rio Grande e demais cidades da zona sul, moradores relataram nas redes sociais a percepção de uma “chuva preta. Assim como o fenômeno do sol, a chuva preta também é em razão da presença de fuligem na atmosfera, que mistura-se com a água e ocasiona na chamada chuva preta.


Para os próximos dias, a projeção é que a região central e norte do país siga sem previsão de chuva, fazendo com que o fogo prevaleça. Em decorrência deste cenário, a região sul deve seguir registrando a presença de fumaça, que pode alcançar até mesmo a Argentina e o Uruguai. “Como nós não temos previsão de chuva para o norte do país e a previsão é de aumento das queimadas nos próximos dias, nós vamos continuar sentindo essa fumaça aqui e isso pode piorar muito a questão respiratória”, comenta a meteorologista,  Natalia Pereira.







Publicidade



COMENTÁRIOS

Buscar

Alterar Local

Anuncie Aqui

Escolha abaixo onde deseja anunciar.

Efetue o Login

Recuperar Senha

Baixe o Nosso Aplicativo!

Tenha todas as novidades na palma da sua mão.