Investigação: Polícia Civil do Paraná investiga falha humana e mecânica no acidente com atletas do projeto Remar para o Futuro; motorista da carreta prestou depoimentos
O acidente ocorreu na noite do dia 20 de outubro, na BR-376, no Paraná, resultando na morte dos sete atletas, entre 15 e 20 anos, do treinador da equipe e do motorista da van.
A Polícia Civil do Paraná (PCPR) investiga as causas do acidente envolvendo a equipe do projeto Remar para o Futuro, ocorrido na noite de 20 de outubro, na BR-376, no Paraná. O acidente resultou na morte de sete jovens atletas, com idades entre 15 e 20 anos, além do treinador da equipe e do motorista da van.
O veículo transportava a equipe de São Paulo para Pelotas, após a disputa de um campeonato, quando foi atingido por uma carreta que perdeu os freios, provocando uma colisão fatal. O único a sobreviver foi João Pedro Milgarejo, de 17 anos.
Na ocasião, a carreta container perdeu os freios e acabou colidindo com a traseira da van. A van bateu em outro veículo, rodou na rodovia e foi arrastada para fora da pista pelo caminhão, que acabou tombando sobre ela. Na BR-376, em Guaratuba, o limite de velocidade é de 60 km/h. Segundo a apuração policial, na hora da batida, às 21h39 do domingo, o caminhão passava dos 100km/h. O veículo carregava mais de 20 toneladas de carga, com destino à Argentina.
O motorista da carreta, Nicollas Otilio de Lima Pinto, natural de Pelotas, de 30 anos, tem sido ouvido pela polícia desde a semana passada. Em seu depoimento, ele afirmou que a carreta, emplacada em Rio Grande, apresentava falhas mecânicas durante o trajeto.
Em uma coletiva de imprensa realizada na segunda-feira, 28, o delegado responsável pelo caso, Edgar Santana, informou que a investigação trabalha com três hipóteses: falha humana, falha mecânica, ou uma combinação de ambas. "O inquérito policial está explorando três possibilidades. A primeira é uma falha humana, caracterizada por imperícia do motorista. A segunda é uma falha mecânica devido a problemas no veículo. A terceira possibilidade é a combinação dessas duas causas", explicou o delegado. O caso será apurado como homicídio culposo, quando não há intenção de matar.
Ainda segundo o delegado, se for comprovado que o proprietário da carreta sabia dos problemas mecânicos e não realizou a manutenção adequada, ele também poderá ser responsabilizado criminalmente. A defesa de Nicollas afirma que o proprietário do veículo é da cidade do Rio Grande.
Em nota, a defesa de Nicollas alega que a falha mecânica não permitiu que o motorista reduzisse as marchas, nem utilizasse o freio motor.
Confira a nota na íntegra: “Nicollas Otilio de Lima Pinto, acompanhado do seu advogado Richard Noguera, apresentou-se por meio de chamada de vídeo perante o titular da Delegacia de Delitos de Trânsito de Curitiba – PR. O motorista do caminhão explicou que o acidente foi ocasionado por uma falha mecânica que não permitiu que reduzisse as marchas, nem utilizasse o freio motor.
Dirigia de forma prudente e compatível com a velocidade da via, não havia ingerido bebidas alcoólicas, nem quaisquer substâncias entorpecentes. Foi reiterado que ele e a sua Defesa estão à disposição da Autoridade Policial para o total esclarecimento dos fatos”, afirma a nota.
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