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Rio Grande,08/11/2024

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PF e Receita Federal desarticulam esquema criminoso envolvendo servidores públicos federais e cumprem mandado em Pelotas

A Operação cumpre mandados de busca e apreensão, além de nove prisões preventivas, 46 sequestros de bens e bloqueios bancários em seis cidades


PF e Receita Federal desarticulam esquema criminoso envolvendo servidores públicos federais e cumprem mandado em Pelotas Foto: Polícia Federal

A Polícia Federal deflagrou, em ação conjunta com a Corregedoria da Receita Federal do Brasil, nesta quarta-feira, 6, a Operação Entreposto, com o objetivo de desarticular esquema criminoso realizado por grupo de servidores públicos da Receita Federal do Brasil, que se utiliza de seus cargos para desviar e se apropriar de mercadorias aprendidas nas atividades de fiscalização fazendária, com o fim de proceder, posteriormente, a reinserção criminosa de tais bens no mercado informa

Nesta manhã, estão sendo cumpridos nove mandados de prisão preventiva, 15 mandados de busca e apreensão, três mandados de busca pessoal e 12 medidas cautelares, além do sequestro de 22 imóveis e 24 veículos, bem como o bloqueio de contas bancárias dos investigados, com valor aproximado de R$ 37 milhões.

As ordens judiciais, emitidas pela 2ª Vara Federal da Subseção Judiciária de Santa Maria/RS, foram cumpridas nas cidades de Pelotas, Lajeado, Santa Maria, Braga, Santo Augusto e Chapecó, em Santa Catarina. Uma prisão foi efetuada na cidade de Pelotas.

Segundo a Polícia Federal, a investigação teve início a partir de uma comunicação interna à Corregedoria da RFB pela Superintendência da Receita Federal no estado do Rio Grande do Sul, resultando na instauração de investigação criminal pela Polícia Federal. Segundo as apurações, servidores fraudavam registros de apreensão, de modo que apenas uma parte dos produtos apreendidos ingressasse de fato ao depósito de mercadorias da Delegacia da RFB em Santa Maria.


A investigação também constatou que comercialização dessas mercadorias era realizada por grupo composto de particulares,    que  repassa os valores das vendas aos agentes públicos mediante comissão. Os particulares, que atuam de forma associada aos servidores públicos, ostentam antecedentes pela prática de crimes de contrabando/descaminho, além de diversas autuações pelo próprio órgão fiscal.

A operação ainda busca identificar a participação de um policial militar do estado de Santa Catarina, lotado na inteligência do órgão, que além de auxiliar na operacionalização das abordagens a alvos potenciais, prestava apoio na venda e na destinação de produtos desviados.

De acordo com a Polícia Federal, o balanço da operação será divulgado nas próximas horas.


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