Café com Z recebe os mentores do Ofcine, Jean Amaral e Adryan Copello
Na oportunidade, os entrevistados falaram sobre o Núcleo de Produção Audiovisual OfCine/IFRS, frente responsável pela Mostra de Cinema Latino-Americano do Rio Grande.
Na tarde desta quinta-feira, 28, o programa Café com Z, em O Litorâneo, recebeu os mentores do Ofcine, Jean Amaral e Adryan Copello.
Na oportunidade, os entrevistados falaram sobre o Núcleo de Produção Audiovisual OfCine/IFRS, frente responsável pela Mostra de Cinema Latino-Americano do Rio Grande.
“O projeto já acontece desde 2016. Ele iniciou como uma proposta de um aluno, o Lucas, que não está mais no núcleo nem em Rio Grande. Ele se formou em Cinema, agora em Recife. O Lucas propôs uma oficina de cinema dentro do espaço do IFRS, aberta ao público. Eu fui da segunda turma, em 2017. Na época, trabalhava no comércio, já tinha saído do ensino médio, estudava no Juvenal. Entrei no IFRS em 2017, nas oficinas que aconteciam aos sábados pela manhã. Foi ali que decidi fazer faculdade de Cinema.
Com o passar dos anos, as oficinas começaram a ter cada vez mais alunos. Em 2017, havia cerca de 20 participantes; no ano seguinte, esse número saltou para 200, e desde então mantemos uma média anual de 200 alunos. As oficinas acontecem aos sábados, das 8h ao meio-dia. No primeiro semestre, oferecemos aulas teóricas e práticas com exercícios baseados nos conhecimentos adquiridos na faculdade de Cinema em Pelotas. No segundo semestre, os alunos realizam seus próprios curtas-metragens. A Mostra surgiu como uma forma de apresentar esses curtas à comunidade”, explica Jean.
No encontro, os entrevistados explicaram como surgiu a Mostra de Cinema Latino-Americano da cidade do Rio Grande e como é a metodologia adotada nas aulas. Durante a conversa, Adryan Copello detalhou a metodologia das aulas e o processo criativo. “Nossa área de formação é focada na execução técnica, atrás das câmeras. Trabalhamos desde a criação do roteiro, passando pela pré-produção e execução, até a pós-produção. Ensinamos a pensar na imagem, no som, na montagem, além de mostrar como é possível fazer cinema com poucos recursos. Por exemplo, nas oficinas incentivamos os alunos a explorar o que podem fazer com equipamentos simples, como uma câmera digital antiga que tenham em casa. Além disso, o núcleo realiza atividades voltadas para a comunidade, como projetos sociais com escolas e organizações locais, como o BGV, o Projeto Vasquinho e o Instituto Filho de Aruanda. Nosso objetivo é democratizar o acesso ao aprendizado e à produção audiovisual.”
Os mentores também explicaram os critérios para participar das oficinas e como se inscrever para 2025:
“Recomendamos que os participantes tenham pelo menos 16 ou 17 anos, devido à complexidade dos conteúdos e ao manuseio de equipamentos. As inscrições para a oficina principal, que dura o ano inteiro, começam em fevereiro ou março e podem ser feitas online no perfil do núcleo no Instagram, @npa.ofcine. Mesmo que alguém não consiga se inscrever no início do ano, é possível assistir às aulas e participar”, explicam.
Nesta sexta-feira, 29, a Mostra de Cinema Latino-Americano do Rio Grande irá exibir três produções audiovisuais executadas por alunos da turma do Ofcine de 2024. Na entrevista, os professores comentaram como foi realizada a escolha dos filmes. “Os alunos apresentam suas ideias em um pitching, onde discutem o conceito, a linguagem, o roteiro e a viabilidade do projeto. Baseados nessas apresentações, selecionamos os filmes a serem realizados, considerando também os recursos disponíveis e o engajamento dos alunos”, afirmam.
Confira a entrevista na íntegra:
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