Taxa de detecção de Aids no RS cai 45,2% em dez anos, mas Estado ainda lidera mortalidade no Brasil
A mortalidade por Aids também apresenta queda, mas o RS segue ocupando o primeiro lugar no ranking nacional, com Porto Alegre liderando entre as capitais, registrando 23,8 óbitos por 100 mil habitantes.
Entre 2012 e 2022, o Rio Grande do Sul registrou uma redução de 45,2% na taxa de detecção de Aids, segundo o boletim epidemiológico de 2023 divulgado pela Secretaria da Saúde (SES). Apesar do avanço, o Estado continua com uma taxa acima da média nacional e a sexta maior do país. A mortalidade por Aids também apresenta queda, mas o RS segue ocupando o primeiro lugar no ranking nacional, com Porto Alegre liderando entre as capitais, registrando 23,8 óbitos por 100 mil habitantes.
Em consonância com a campanha federal, lançada pelo Ministério da Saúde, a Secretaria da Saúde (SES) lançou nesta semana a campanha: HIV Positivo. Preconceito? Negativo. A temática será abordada no site, nas redes sociais e em peças publicitárias afixadas em ônibus e em painéis. O Dezembro Vermelho é o mês de conscientização sobre o tema e, anualmente, busca abordar aspectos sociais que envolvem a situação de saúde.
O vírus da imunodeficiência humana (HIV) causa a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (Aids). Ele age no organismo enfraquecendo o sistema imunológico, tornando-o mais suscetível a doenças e infecções. Se o HIV não é tratado, pode evoluir para a Aids, que não é uma doença em si, mas sim o estágio final da infecção por HIV. A busca pela eliminação da transmissão vertical do HIV é uma das metas globais da Organização das Nações Unidas (ONU) e tem sido um compromisso estratégico do Sistema Único de Saúde nos últimos anos.
Para combater a doença, no Estado, o programa Previne RS articula ações em diversas frentes, como a prevenção de novas infecções e a redução da mortalidade. Já o Geração Consciente promove a saúde integral de adolescentes em 429 escolas públicas, enquanto os recém-criados Centros Regionalizados de Atenção Integral e Prevenção (Craip), com investimento de R$ 25 milhões, ampliam o alcance das políticas de saúde.
Além dessa iniciativa, em 2024, o governo do Estado instituiu os Centros Regionalizados de Atenção Integral e Prevenção às Infecções Sexualmente Transmissíveis, ao HIV/Aids e coinfecções (Craip), por meio da Portaria SES 361/2024, aportando orçamento anual de R$ 25 milhões.
A Certificação Estadual da Eliminação da Transmissão Vertical do HIV e/ou da Sífilis e os Selos de Boas Práticas para a Eliminação da Transmissão Vertical do HIV e/ou da Sífilis representam importante avanço no Rio Grande do Sul. No mês de dezembro serão certificados municípios entre 50 e 100 mil habitantes que alcançaram indicadores e metas estabelecidas pelo Ministério da Saúde. As cidades de maior porte serão certificadas diretamente pelo MS.
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