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Rio Grande,09/03/2025

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Governo zera tarifa de importação para tentar conter inflação de alimentos

Entre produtos da lista estão azeite, café, milho e carnes


Governo zera tarifa de importação para tentar conter inflação de alimentos Foto: reprodução internet
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O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, anunciou, na noite de quinta-feira, 6, um conjunto de medidas para tentar conter a inflação sobre os alimentos. Conforme o anúncio, o governo decidiu zerar o Imposto de Importação de nove tipos de alimentos, incluindo café, açúcar, carnes, milho, óleo de girassol, azeite de oliva, sardinha, biscoitos e massas. 

A redução das tarifas ainda precisa ser aprovada pela Câmara de Comércio Exterior. Segundo o vice-presidente, a medida deve ocorrer nos próximos dias. "Nós entendemos que não [vai prejudicar o produtor brasileiro]. Você tem períodos de preços mais altos, mais baixos. Nós estamos em um período em que reduzir o imposto ajuda a reduzir preços. Você está complementando. Não vai prejudicar o produtor, mas beneficiar os consumidores. É difícil, matematicamente para cada item, você explicitar. Agora, são todas medidas para reduzir preço. Todas medidas para favorecer o cidadão, a cidadã, para que ele possa manter o seu poder de compra, para que ele possa ter sua cesta básica com preço melhor”, afirmou Geraldo Alckmin durante coletiva de imprensa na noite de quinta-feira, 6.


Embora ainda não haja estimativa de como o preço final dos produtos será impactado, o Governo Federal também pretende debater com os governadores a isenção da cobrança do ICMS, o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços que incide sobre alguns ítens da cesta básica. 

Além disso, o vice-presidente anunciou o fortalecimento dos estoques reguladores da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e a prioridade para os alimentos da cesta básica no próximo Plano Safra. Na ocasião, as demais medidas não foram detalhadas. 

 Os alimentos que terão os tributos zerados são:

  • Azeite: (hoje 9%)

  • Milho: (hoje 7,2%)

  • Óleo de girassol: (hoje até 9%)

  • Sardinha: (hoje 32%)

  • Biscoitos: (hoje 16,2%)

  • Massas alimentícias (macarrão): (hoje 14,4%)

  • Café: (hoje 9%)

  • Carnes: (hoje até 10,8%)

  • Açúcar: (hoje até 14%)


Alta nos preços


Segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), alimentos tradicionais e essenciais da cesta básica dos brasileiros estão acumulando alta acima da média na casa de dois dígitos em um ano. No ano de 2024, a inflação dos alimentos fechou com alta de  7,69%, conforme o IPCA.


No mesmo periodo, o preço do café teve forte alta em meio a uma seca histórica que afetou os cafezais entre agosto e setembro, seguida por fortes chuvas em outubro. Além disso, alimentos como carnes, azeite e laranja foram afetados pelas mudanças climáticas.


De acordo com a revista científica Nature, do Reino Unido, em 2024, o calor extremo foi prejudicial para a agricultura. Conforme o estudo, para  cada 1ºC de aumento nas temperaturas, a inflação no preço dos alimentos é impactada em 0,2%. Até 2035 a projeção é que o preço dos alimentos acumule, no mundo, uma alta de 3%. 



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