Café com Z recebe Caravana do CPERS 2025
Na tarde desta quinta-feira, 20, o programa Café com Z, em O Litorâneo, recebeu a secretária-geral do CPERS Sindicato, Suzana Lauermann, e a diretora Andréa da Rosa.

Na ocasião, o assunto abordado foi a educação e o projeto Caravana CPERS, que visa visitar toda a rede estadual gaúcha para denunciar o projeto de Parcerias Público-Privadas (PPPs) desenvolvido pelo Governo do Estado. Segundo o sindicato, o projeto prevê a destinação de R$ 5 bilhões ao setor privado ao longo de 25 anos de concessão, delegando a gestão de 99 escolas estaduais. No município do Rio Grande, cinco escolas estão incluídas no projeto, sendo elas: Getúlio Vargas, Emílio Mallet, Adelaide Alvim, CIEP e Lorea Pinto.
“O custo para o Estado é de 2 milhões por ano por escola. O Estado vai pagar 2 milhões por escola, por ano, durante 25 anos. O contrato prevê 25 anos. Não há hoje uma estrutura para dar ao diretor eleito e à comunidade escolar administrar, mas haverá para essa empresa. Então, esse é o principal ponto. Por isso, é importante debater com a comunidade, porque não é só o pai do aluno que está na escola pública que paga essa conta. É toda a sociedade, todo contribuinte, todo mundo que paga o seu imposto e que hoje vai para os cofres do Estado, que vai pagar essa conta”, comentaram as representantes do CPERS durante o Café com Z.
Durante a entrevista, as profissionais também comentaram sobre a situação das escolas estaduais no município do Rio Grande. “Trazendo para a nossa realidade, no momento, estamos com uma escola aqui sem aula, apenas com atendimento remoto aos alunos, porque está com problemas na caixa d’água. Está sem água no CIEP. No Juvenal Miller, nos últimos dois anos, o telhado passou por uma reforma estrutural. A chuva, agora de fevereiro, alagou três salas de aula, corredores, e tivemos que remanejar alunos. Então, além do calorão, tivemos que administrar isso. Como será no inverno? São essas questões. O Juvenal é um caso que não tem ar-condicionado nas salas. Tem duas salas de vídeo com ar-condicionado, que foram ligadas agora, nesses dias, e a rede caiu”, comentaram.
Além disso, outra pauta em destaque foi a proibição da utilização de celulares e outros aparelhos eletrônicos nas escolas. Segundo o sindicato, essa medida foi vista de forma positiva pelos professores. “O uso pedagógico das ferramentas é importantíssimo, mas, na realidade da sala de aula, eu acho que todos os professores que vivem isso sabem o quanto esse aparelhinho prendia a atenção dos alunos. Proibir esse uso em sala de aula foi um avanço. Quando se tem um projeto, quando a gente tem condição de usar isso de forma pedagógica, é importante. Mas, tirando isso, é fundamental que o aluno esteja ali. As telas e as tecnologias são maravilhosas quando usadas da forma certa. E isso também é o que defendemos. Então, sem sombra de dúvida, isso, para mim, inclusive como professora, que agora não estou em sala de aula, mas quando estive, senti isso na pele. A diferença que faz ter os alunos concentrados, presentes ali, ou ter essa distração com tanta facilidade”, afirmaram.
Assuntos como a falta de professores nas instituições e mudanças no plano pedagógico também foram abordados ao longo da conversa. Confira a entrevista na íntegra:
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