Depois de dez anos de espera, rio-grandina falece após transplante de órgão
Elisângela da Silveira Souza, de 52 anos, faleceu na Santa Casa de Porto Alegre, após receber um transplante de fígado. A causa da morte foi em decorrência de complicações respiratórias.

Uma trágica história comoveu a Cidade do Rio Grande nesta semana. A rio-grandina que estava na fila de espera por um transplante de fígado, Elisângela da Silveira Souza, de 52 anos, faleceu na Santa Casa de Porto Alegre, na última quinta-feira, 10, após receber o órgão pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A causa da morte foi em decorrência de complicações respiratórias. O velório ocorreu na última sexta-feira, 11, em Rio Grande.
Presidente da Associação Rio-grandina de Pré e Pós Transplantados (ARPPT), Elisângela era uma voz ativa na luta por melhores condições aos pacientes que aguardam por um órgão. Desde 2015, ela enfrentava uma batalha contra o câncer.
A doença teve início com células tratáveis, mas, ao longo dos anos, ela passou por diversas sessões de quimioterapia, desenvolveu cirrose hepática e lidou com o retorno de tumores em diferentes momentos. O último deles, em 2024, a fez retornar à fila de transplante em caráter emergencial.
No sábado, 5 de abril, Elisângela recebeu o tão aguardado telefonema: um fígado compatível estava disponível. Com apoio da Secretaria de Município da Saúde, uma viatura foi imediatamente liberada para transportá-la até Porto Alegre. No caminho para a capital, mesmo fragilizada, ela expressava esperança em uma nova chance de viver e em retomar as atividades da associação, que estavam suspensas desde os desastres climáticos no Estado.
O procedimento foi realizado na Santa Casa de Misericórdia, referência em transplantes no Rio Grande do Sul. Infelizmente, dias após a cirurgia, Elisângela não resistiu. Até o momento, nenhum órgão se manifestou oficialmente sobre o assunto.
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